Comportamento antissocial: passando de pais para filhos e netos

Embora seja bem conhecido que o comportamento antissocial ocorre nas famílias, pouco se sabe sobre os mecanismos específicos pelos quais ele é transmitido de uma geração para a outra. Este estudo prospectivo examinará as influências biológicas na continuidade e mudança transgeracional e como a biologia interage com os fatores sociais na modulação da transmissão do comportamento antissocial. O estudo é único porque inclui mães e pais, enfoca os mecanismos iniciais e aborda o comportamento antissocial feminino e masculino.

Este estudo faz parte do Projeto de Saúde Infantil das Ilhas Maurício. O projeto começou testando 1.795 crianças de 3 anos de idade em medidas psicofisiológicas, comportamentais, nutricionais e cognitivas. Crianças do sexo masculino e feminino foram testadas. Seus pais também foram avaliados quanto a influências psicossociais. Cem crianças participaram de uma intervenção nutricional, de exercícios e de enriquecimento educacional dos 3 aos 5 anos de idade. Foi demonstrado que a intervenção aumenta a excitação fisiológica e a atenção aos 11 anos e reduz o transtorno de conduta aos 17 anos.

Essas crianças de 3 anos são agora adultos de 30 anos. Este estudo irá testar novamente esses adultos em medidas de comportamento psicofisiológico, psicossocial, cognitivo, comportamental, parental e antissocial. Seus cônjuges não testados anteriormente também serão avaliados. Finalmente, muitos desses adultos agora têm seus próprios filhos de 3 anos; essas crianças também serão avaliadas. Medidas de estresse da vida, aborrecimentos diários, conflitos familiares, doenças mentais e comportamento criminoso serão avaliadas. Os dados da coorte de enriquecimento serão avaliados para determinar se a intervenção interrompeu a transmissão intergeracional do comportamento antissocial da segunda para a terceira geração.