Elastografia na Avaliação das Lesões das Glândulas Salivares Maiores

As doenças das glândulas salivares variam desde as condições inflamatórias menores até um grupo de neoplasias benignas e malignas. A maioria dos distúrbios das glândulas salivares se manifesta como aumento da glândula, que pode estar associado a dor ou inchaço. O exame físico associado às análises laboratoriais pode não ser suficiente para discriminar essas doenças. Portanto, um método diagnóstico preciso e não invasivo é necessário para discriminar essas doenças (1).

Embora a citologia aspirativa com agulha fina (PAAF) guiada por ultrassom seja considerada o padrão-ouro para o diagnóstico pré-operatório (2), é um método invasivo que requer experiência significativa para evitar complicações como lesão do nervo facial durante seu trajeto na glândula parótida. Isso explica o desejo contínuo de mais opções diagnósticas não invasivas (3).

As modalidades de imagem atuais são a ultrassonografia, a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM). Apesar de serem altamente sensíveis, eles não têm precisão na diferenciação de lesões benignas e malignas devido à sobreposição considerável entre as características de imagem de lesões benignas e malignas das glândulas salivares.

A sonoelastografia é uma nova técnica que depende das propriedades elásticas dos tecidos moles, com a ideia de lesões malignas serem mais rígidas que tecidos benignos ou normais. Pode ter um papel confiável no diagnóstico de diferentes doenças das glândulas salivares, da mesma forma que tem sido usado em diferentes partes do corpo, como mama, gânglios linfáticos e tireóide (4). Até onde sabemos, existem poucos estudos sobre o papel da elastografia no campo das doenças das glândulas salivares.