Características imunológicas e genéticas de imunoglobulinas monoclonais em pacientes com tuberculose

As imunoglobulinas monoclonais surgem da proliferação anormal de um único clone de células plasmáticas. São compostas por uma única classe de cadeia leve e/ou pesada, ao contrário das imunoglobulinas policlonais. Podem ocorrer em doenças linfoproliferativas malignas, como mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenstrom, linfoma, leucemia linfocítica crônica, amiloidose ou condições mais benignas, como gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS). Recentemente, observamos gamopatia monoclonal ocorrendo em pacientes com tuberculose. Não se sabe se a infecção tuberculosa desempenha um papel na produção de proteína monoclonal e se as imunoglobulinas monoclonais possuem atividade antituberculosa. No presente projeto pretendemos estudar: (1) se a imunoglobulina monoclonal desenvolvida em pacientes com tuberculose reage com o antígeno tuberculoso (usando ELISA), e (2) se a análise da sequência do gene VH desse paciente mostra diferentes padrões de mutação (indicando a presença de variação de mutação intraclonal) ou não. Se não houver variação de mutação intraclonal, isso sugere que o clone de células plasmáticas não está sob exposição atual ao mutante, e a produção de gamopatia monoclonal provavelmente não está relacionada à infecção tuberculosa. Se, no entanto, a análise da sequência do gene VH mostrar a presença de variação de mutação intraclonal, isso indica que o clone de células plasmáticas está continuamente sob a influência do mutante. Nesse caso, a produção de proteína monoclonal pode estar relacionada à infecção tuberculosa.