Conhecimento sobre IST e aceitação da vacina contra o HPV em Bamako, Mali, em 2012

Embora a triagem para lesões cervicais pré-cancerosas e a vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) sejam aceitas e meios eficazes para prevenir o câncer cervical, as mulheres em Mali têm acesso limitado a essas intervenções. Além disso, a prevenção do câncer cervical pela vacinação contra o HPV tem sido controversa em alguns contextos. Para reduzir a prevalência do câncer do colo do útero e aumentar a aceitação da vacina contra o HPV, é importante entender o nível de conhecimento sobre o rastreamento do câncer do colo do útero e as práticas relacionadas à vacinação em populações de risco. Neste estudo, o nível de conhecimento sobre o HPV e o câncer do colo do útero e as atitudes em relação à vacinação foram avaliados entre 301 participantes (homens e mulheres, adultos e adolescentes) em uma pesquisa de casa em casa em dois bairros urbanos de Bamako, Mali. A pesquisa foi combinada com uma breve sessão educacional sobre o HPV. Antes da sessão educativa, o conhecimento geral sobre infecção por HPV e câncer cervical era muito baixo: apenas 8% sabiam que o HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Menos de 20% das mulheres já haviam consultado um ginecologista e menos de 3% já haviam feito rastreamento de câncer do colo do útero. Após ouvir a descrição da vacina contra o HPV, mais de 80% aceitariam a vacinação contra o HPV; pais e maridos foram identificados como tomadores de decisão primários e clínicas locais ou a casa como locais preferenciais para vacinação. Este estudo fornece informações sobre o conhecimento das DSTs e a aceitação da vacina em Bamako, Mali, em 2012, antes da introdução da vacinação contra o HPV.