Apoio Domiciliário a Idosos: Avaliação de Determinantes Intra-Extrínsecos que Maximizem Esta Possibilidade (MADMAX)

O Instituto Nacional Francês de Estatística e Estudos Económicos (INSEE) prevê que o número de pessoas com 75 anos ou mais aumentará em França de 5,2 milhões em 2007 para 11,6 milhões em 2060 (ou seja, um aumento de 123%) e o das pessoas com 85 anos e mais de 1,3 a 5,4 milhões (aumento de 315%). O aumento acentuado deste segmento da população coloca inúmeras questões práticas e éticas relativamente à adaptação à nossa sociedade, nomeadamente ao nível da oferta médico-social. Mais especificamente, os inquéritos realizados entre os franceses revelam um paradoxo importante: quase 90% dos inquiridos querem poder envelhecer na sua casa, mas, ao mesmo tempo, apenas uma pequena parte (estimada em 6%) dos lares franceses está adaptado ao envelhecimento da sua população. Esta inconsistência coloca a questão da habitação no centro das políticas públicas atuais.

Se as preocupações atuais da sociedade levantam a questão da necessidade de encontrar alternativas ao ingresso numa instituição, é necessário um trabalho de investigação que aborde todas as dimensões impactadas pela vida em casa dos idosos (qualidade de vida, manutenção de competências funcionais, de tomada de decisão, estado nutricional, etc.). ) conjuntamente na mesma área populacional e em momentos diferentes (ou seja, até à saída de casa para algumas pessoas) continua por realizar para nos permitir compreender melhor a natureza e o funcionamento destes factores e, assim, propor modelos integrados. Na verdade, muitas vezes estas questões são estudadas separadamente em diferentes populações e em diferentes fases da vida do idoso. Infelizmente, isto não nos permite perceber claramente a importância que a especificidade assume em cada factor, nem se as propostas apresentadas correspondem realmente aos objectivos que lhes são atribuídos. Estas questões dizem respeito, em particular, a: que aspectos relacionados com a pessoa ou com o seu ambiente contribuem, quando a pessoa deseja, para poder ficar e viver na sua casa? Dado que a saída do domicílio seria adiada, isso significa que a mesma é realizada devido ao pior estado de saúde dos idosos? A compreensão da relação entre os idosos e a sua habitação permitirá fazer um inventário dos espaços necessários à construção das etapas que se seguirão e que serão executadas pelos diferentes parceiros, nomeadamente os poderes públicos, as associações, os serviços sociais proprietários (por exemplo, implementação de novos estudos clínicos, promoção da saúde, apoio político, planeamento urbano e habitacional, etc.). No âmbito de um programa de investigação-acção (acções concretas e transformadoras no terreno), e apoiando-se nas abordagens já em curso, o principal objectivo deste projecto será determinar nos idosos que vivem em casa independente quais os principais factores intrínsecos e elementos extrínsecos que permitem/promovem esse modo de vida.