Impactos psiquiátricos e sociais da fertilização in vitro

A infertilidade e seu tratamento representam uma área de saúde global de importância crescente. Indivíduos com infertilidade representam cerca de 8-10% dos casais em todo o mundo.

A demanda por técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), aumentou nos países desenvolvidos nas últimas décadas e prevê-se que aumente ainda mais nas próximas décadas.

Isso poderia ser ainda mais impulsionado por números em ambientes com recursos limitados do mundo em desenvolvimento, onde cerca de 180 milhões de casais sofrem de infertilidade.

A eficácia da FIV entre as opções de fertilidade assistida tem levado um número crescente de indivíduos a buscar esse tratamento específico. Mais de meio milhão de bebês nascem a cada ano de fertilização in vitro, como resultado de mais de dois milhões de ciclos anuais estimados de tratamento. No entanto, também é um processo relativamente invasivo e perturbador que pode ser física e psicologicamente exigente.

A própria infertilidade tem sido associada a uma maior prevalência de depressão e ansiedade, menor qualidade de vida e menor autoestima.

O processo de fertilização in vitro - que inclui medicação injetável e vários exames de sangue, consultas e procedimentos clínicos, períodos de espera e antecipação dos resultados em cada fase - pode levar a mais estresse psicológico. Isso pode ser exacerbado por distúrbios no trabalho e na rotina de um indivíduo e pela pressão financeira desse tratamento caro, e pode piorar após vários ciclos malsucedidos.