Estudo do metabolismo da glicose cerebral em doenças neurodegenerativas e traumatismo cranioencefálico

A razão pela qual cada doença degenerativa específica é caracterizada por um padrão diferente de FDG PET ainda não está clara hoje. Existem quatro hipóteses principais propostas para explicar esta vulnerabilidade seletiva: 1) Estresse nodal, teoria segundo a qual os principais nós de redes cerebrais específicas sofrem desgaste, 2) difusão transneuronal, teoria segundo a qual alguns agentes/proteínas tóxicos ou propagação alterada ao longo das conexões de rede através de mecanismos "semelhantes ao príon", 3) falha trófica, em que a interrupção da conectividade intermodal causa a perda de fatores tróficos colaterais e, finalmente, 4) vulnerabilidade compartilhada em que regiões também distantes umas das outras são parte de uma rede comum que proporciona uma suscetibilidade uniformemente distribuída por toda a rede.

O FDG PET fornece informações in vivo sobre a distribuição da disfunção sináptica cerebral antes da morte neural completa e representa o principal biomarcador in vivo de disfunção neural associada a diferentes condições clínicas caracterizadas por fenômenos de neurodegeneração. Por esta razão, o FDG PET é considerado uma abordagem fundamental para esclarecer as causas da vulnerabilidade seletiva do cérebro em diversas condições patológicas.