Acesso das mulheres a telefones celulares e disposição para utilizar intervenções de saúde móvel para promoção da saúde bucal no Egito

A cárie dentária e as doenças periodontais contribuem muito para a carga global de doenças bucais. Infelizmente, isso é mais observado nos países em desenvolvimento. Isso é atribuído principalmente à escassez de profissionais de saúde bucal que a África sofre, o que resulta na oferta de serviços de saúde bucal principalmente nas áreas centrais e urbanas da África.

As mulheres, em particular, sofrem com as desigualdades na saúde. Essas desigualdades estão relacionadas principalmente ao nível socioeconômico e à região geográfica em que residem.

Um estudo realizado no Egito em 2014 destacou as desigualdades em saúde bucal presentes no país. Este estudo enfatizou a necessidade de planos de promoção da saúde bucal voltados especialmente para indivíduos de baixa renda. Isso é fornecer equidade em saúde em termos de acesso a serviços de saúde bucal e tratamento de qualidade para toda a população egípcia.

Uma forma de resolver este problema é o uso de Saúde Eletrônica ou “eHealth”. mHealth, que é um subconjunto de eHealth, é o uso de telefones celulares para fornecer serviços de saúde por meio de serviços de mensagens curtas (SMS), aplicativos de smartphones e chamadas de voz. Vários estudos destacaram que a mHealth pode ser uma ferramenta eficaz na prestação de serviços de saúde pública de forma econômica e sem barreiras geográficas.

Os recursos multitarefa dos telefones celulares oferecem uma grande chance de prevenção e melhoria de doenças crônicas, pois oferecem educação remota em saúde. Além disso, proporciona aos pacientes maior cuidado e permite o autogerenciamento. Os telefones celulares também podem ser usados ​​como lembretes de medicamentos e consultas e permitem o contato imediato entre o médico e o paciente. Desta forma, o mHealth oferece cuidados ininterruptos, monitoramento próximo aos pacientes e resposta rápida por parte dos médicos, o que é obviamente considerado uma abordagem mais confortável para os pacientes.

O desafio ainda reside na adoção e aceitação do mHealth pelos pacientes, o que é controlado pela vontade do usuário em utilizar essa nova tecnologia. Este problema é ainda mais observado nos países em desenvolvimento. Embora as intervenções de mHealth tenham sido tentadas anteriormente para melhorar a saúde bucal, nenhuma foi implementada no Egito. Este é o primeiro estudo a explorar o uso potencial de mHealth para promoção da saúde bucal no Egito.

Procedimento de estudo:

• Após uma revisão abrangente da literatura usando bancos de dados eletrônicos (PubMed e Web of Science), estudos avaliando a acessibilidade a telefones celulares, capacidade de usar telefones celulares, disposição para utilizar intervenções de mHealth, padrões de uso de telefones celulares, preferências em relação a mHealth, barreiras e motivadores para participantes do mHealth foram identificados.
• Usando nove estudos semelhantes, um questionário estruturado administrado por entrevistador em inglês foi desenvolvido após a modificação de seus questionários originais para atender ao objetivo de nosso estudo e garantir a adequação cultural.
• A tradução do questionário em inglês para o idioma árabe foi feita.
• Um investigador bem treinado conduzirá todas as entrevistas.