Elastografia na insuficiência celular hepática

A hipertensão portal (HP) é uma das principais complicações da cirrose hepática, pois predispõe ao desenvolvimento de manifestações clínicas graves como ascite, encefalopatia hepática e sangramento por varizes, agravando o prognóstico dos pacientes.

A biópsia hepática e as medições do gradiente de pressão venosa hepática (HVPG) são os procedimentos padrão-ouro atuais para determinar a gravidade da fibrose e diagnosticar HP, respectivamente; no entanto, ambos são invasivos, limitando seu uso na prática clínica e em ensaios maiores de novos agentes. Alternativamente, muitos métodos não invasivos foram propostos para substituir o HVPG. Alterações nas propriedades biomecânicas do fígado ou baço em pacientes com cirrose podem ser quantificadas pela elastografia tecidual, que examina o comportamento elástico do tecido após a aplicação de uma força. Entre elas, a medição da rigidez hepática (LSM) tem sido amplamente utilizada, pois demonstrou se correlacionar bem com o HVPG, embora essa relação pareça enfraquecer em valores de HVPG superiores a 12 mmHg, o limiar para o desenvolvimento de complicações graves. Vários estudos apoiaram o uso da medição da rigidez do baço (MES) em vez da LSM, antecipando uma avaliação mais adequada deste estágio avançado da HP. A SS medida por elastografia ultrassonográfica mostrou boa correlação com HVPG, detectando HP com sensibilidade e especificidade de 0,88 e 0,92, respectivamente, e HP grave com sensibilidade e especificidade de 0,92 e 0,79, respectivamente. avaliar e resumir a literatura sobre o papel do SSM como ferramenta preditiva de descompensação hepática e prognóstico.