Prevenção da Malária na Primeira Infância com Maloprim na Gâmbia

Duas estratégias medicamentosas para o controle da malária em crianças de 3 a 59 meses de idade foram comparadas em uma área rural da Gâmbia - tratamento de episódios presumíveis de malária clínica com cloroquina por agentes de saúde do vilarejo e tratamento combinado com quimioprofilaxia quinzenal (pirimetamina/dapsona ) que também foi dado pelos agentes de saúde da aldeia. O tratamento sozinho não teve nenhum efeito significativo na mortalidade ou morbidade da malária. Em contraste, o tratamento e a quimioprofilaxia reduziram a mortalidade geral em crianças de 1 a 4 anos, a mortalidade por provável malária e os episódios de febre associados à parasitemia por malária. Um alto nível de adesão à quimioprofilaxia foi obtido e nenhuma consequência prejudicial da quimioprofilaxia foi observada. A quimioprofilaxia foi oferecida a todas as crianças ao final do estudo.

14 anos após o final do estudo, as habilidades cognitivas e o nível educacional dos participantes foram avaliados. Foram encontradas associações entre infecção por malária e baixa capacidade cognitiva, mas a causalidade ainda não foi demonstrada por meio de ensaios preventivos e o impacto a longo prazo da malária não foi investigado. 1.190 crianças que participaram do estudo original por pelo menos um ano foram alvo de acompanhamento. 579 foram rastreados. Aqueles que receberam quimioprofilaxia frequentaram a escola por 0,52 anos a mais do que o grupo placebo (p = 0,069). Não houve efeito geral nas habilidades cognitivas, mas houve um efeito de tratamento significativo para as coortes que não receberam quimioprofilaxia no final do estudo ou que receberam menos de um ano de profilaxia pós-pesquisa