Fixação de um ponto versus dois pontos de fraturas zigomáticas tripodais

O osso zigomático define a projeção anterior e lateral da face e se articula com os ossos frontal, esfenoide, temporal e maxilar. O complexo zigomático é responsável pela proteção do conteúdo orbital e do contorno facial médio. A fratura do complexo zigomático é uma das lesões faciais mais comuns no trauma maxilofacial e aparece predominantemente em adultos jovens do sexo masculino. A etiologia das fraturas do complexo zigomático inclui principalmente acidentes de trânsito, agressões violentas, quedas e lesões esportivas. As principais características clínicas das fraturas do complexo zigomático incluem diplopia, enoftalmia, equimose subconjuntival, encarceramento do músculo extraocular, deformidade cosmética com depressão da eminência malar, má oclusão e distúrbios neurossensoriais do nervo infraorbitário. O diagnóstico das fraturas do complexo zigomático geralmente é clínico com confirmação por tomografia computadorizada (TC). As fraturas do complexo zigomático sem deslocamento ou deslocamento mínimo são frequentemente tratadas sem intervenção cirúrgica, enquanto as fraturas com prejuízos funcionais ou estéticos muitas vezes necessitam de intervenção cirúrgica. Várias abordagens cirúrgicas e estratégias de tratamento foram propostas para obter resultados de tratamento bem-sucedidos, incluindo a abordagem temporal de Gilles, sobrancelha, pálpebra superior, transconjuntival, pálpebra inferior infraciliar e vestibulares intraorais. A abordagem cirúrgica para redução adequada das fraturas do complexo zigomático deve garantir um bom resultado funcional e estético. A redução cirúrgica de fraturas zigomáticas por uma abordagem cirúrgica intraoral foi descrita pela primeira vez em 1909 por Keen, e vários estudos subsequentemente documentaram o resultado do tratamento após a redução aberta de fraturas do complexo zigomático por uma abordagem cirúrgica intraoral.