Alterações em série do microbioma intestinal e marcadores de genes bacterianos após ressecção endoscópica de neoplasia avançada colorretal (M3-CAN)

O câncer colorretal (CRC) é um dos cânceres mais comuns em Hong Kong, com mais de 5.500 novos casos anualmente. A maioria dos casos de CCR é derivada de adenomas colorretais benignos através do processo de sequência adenoma-carcinoma. Como esse processo leva vários anos, a detecção precoce e a ressecção endoscópica dos adenomas colorretais são importantes para reduzir a incidência e a mortalidade do CCR. Atualmente, a colonoscopia é o padrão ouro para detecção de adenomas colorretais. A ressecção endoscópica, incluindo dissecção endoscópica da submucosa (ESD) e ressecção endoscópica da mucosa (EMR), pode servir como opções de tratamento minimamente invasivo para neoplasia colorretal. Em comparação com a EMR, devido à associação geral com taxas mais altas de ressecções em bloco, R0 e curativas e uma taxa mais baixa de recorrência local, a ESD é uma modalidade de tratamento estabelecida e eficaz para adenoma avançado (AA) e CRC em estágio inicial.

Estudos crescentes mostraram uma estreita comunicação entre o microbioma intestinal e a neoplasia colorretal. O ambiente alterado do microbioma está associado ao início e progressão do CRC e suas lesões pré-cancerosas. A maioria dos estudos se concentrou nas alterações da microbiota intestinal em indivíduos com CCR e adenomas e no potencial papel microbiano na progressão da neoplasia colorretal. Por outro lado, a influência potencial de CRC ou adenomas na microbiota intestinal não é clara. Apenas um estudo descreveu mudanças na microbiota após a remoção endoscópica de adenomas colorretais com tempo limitado de acompanhamento. Devido a uma alta taxa de recorrência de adenomas colorretais após a remoção endoscópica, a colonoscopia de vigilância é necessária dependendo do tamanho, número e histologia dos pólipos na coloscopia inicial. Além desses fatores de risco, o restabelecimento do microbioma intestinal após a ressecção do pólipo também pode desempenhar um papel na recorrência de adenomas.

Recentemente, um painel de marcadores de genes bacterianos incluindo "m3" de Lachnoclostridium, Fusobacterium nucleatum (Fn), Bacteroides clarus (Bc) e Clostridium hathewayi (Ch) mostrou alta precisão diagnóstica para CRC (82,3%) e adenomas (64,2%). A combinação desses quatro marcadores de genes bacterianos (conhecidos como M3) também provou ser útil na detecção de recorrência de adenoma após polipectomia em um estudo retrospectivo. No entanto, como esses marcadores de bactérias mudam após a polipectomia e se existem algumas associações entre alterações de marcadores de genes de bactérias e restauração pós-ressecção do microbioma intestinal permanecem incertos.

Este estudo piloto tem como objetivo determinar alterações seriadas na composição do microbioma intestinal e alterações nos níveis do painel de quatro marcadores de genes bacterianos (M3) após ressecção endoscópica de neoplasia colorretal avançada e fatores associados à restauração da composição do microbioma intestinal após ressecção endoscópica.