A influência do alinhamento coronal do joelho na rotação da tuberosidade tibial

Um desalinhamento do componente tibial é uma possível fonte de dor após uma artroplastia total do joelho. Atualmente, uma rotação interna do componente tibial de 18 graus é considerada como padrão ouro. O valor foi obtido como uma rotação média nos joelhos osteoartríticos programados para uma artroplastia total do joelho.

Sabe-se que o fêmur roda internamente com o aumento do alinhamento em valgo. Parece lógico que também a rotação tibial se correlaciona com o alinhamento coronal do membro (varo-valgo). O plano é medir a rotação tibial nativa (ângulo entre a linha epicondilar transposta e a linha cruzado posterior da tuberosidade da tíbia). Para obter a precisão necessária, uma TC da parte inferior das pernas será obtida em pacientes que aguardam a substituição do joelho. Havendo correlação entre os ângulos poderia ser proposto o ajuste da rotação do componente tibial mais à anatomia do paciente.

Uma medida de resultado secundário é a possível correlação entre a anteversão femoral proximal e a rotação da tuberosidade tibial. A hipótese é que o mecanismo extensor segue a orientação femoral proximal. Com o aumento da anteversão femoral (aumenta com o ângulo em valgo), a parte femoral do joelho gira internamente. Para manter o mecanismo extensor no sentido da marcha, espera-se uma posição mais lateralizada da tuberosidade da tíbia.