Reconstrução do assoalho pélvico usando malha biológica com terapia de feridas por pressão negativa após ELAPE

A cicatrização da ferida perineal é um desafio significativo após a excisão abdominoperineal extraelevadora (ELAPE) devido a uma alta taxa de ruptura da ferida. E ficou provado que a radioterapia neoadjuvante aumenta significativamente os problemas da ferida perineal após a ressecção abdominoperineal para câncer retal. A terapia de pressão negativa tem benefícios comprovados em feridas abertas e, recentemente, um sistema de pressão negativa foi desenvolvido para uso em feridas fechadas com alto risco de ruptura. Uma revisão sistemática sugeriu uma diminuição significativa nas complicações da ferida perineal ao usar a terapia de ferida por pressão negativa incisional, com taxas de infecção do sítio cirúrgico tão baixas quanto 9% (vs 41% nos grupos de controle). A revisão sugeriu que a terapia de ferida com pressão negativa incisional diminui as complicações da ferida perineal após a ressecção abdominoperineal. O estudo prospectivo também sugeriu que, após o ELAPE, a aplicação de um sistema de pressão negativa na ferida perineal fechada com malha biológica pode reduzir as complicações da ferida perineal. O objetivo do presente estudo foi determinar se a terapia de pressão negativa combinada com malha biológica em comparação com malha biológica sozinha após ELAPE poderia melhorar a cicatrização de feridas.