Resultado após pancreatoduodenectomia laparoscópica versus aberta (PaMIvOP)

Os progressos alcançados nos últimos 20 anos e a crescente experiência dos cirurgiões viscerais em cirurgia minimamente invasiva permitem-nos hoje embarcar em cirurgias cada vez mais complexas.

A cirurgia laparoscópica tornou-se até a abordagem padrão-ouro para muitas intervenções, seja para cirurgia funcional bariátrica, cirurgia de refluxo, cirurgia de distúrbio estático pélvico, mas também para cirurgia de tumor, como câncer colorretal, esofágico ou cauda do pâncreas.

Entretanto, ainda existem intervenções que, por sua dificuldade técnica, não encontram consenso unânime na comunidade científica internacional para uma possível abordagem minimamente invasiva.

O contato próximo da glândula pancreática com o tronco esplenomesaraico dificulta a dissecção laparoscópica com risco de sangramento incontrolável.

Parece, no entanto, que a sutileza dos instrumentos de dissecção e coagulação e a precisão da ótica atual possibilitam a abordagem da cabeça do pâncreas em condições totalmente satisfatórias.

Vários centros ao redor do mundo desenvolveram a técnica LPD com resultados animadores em termos de mortalidade perioperatória, sem mostrar qualquer vantagem sobre a laparotomia.

No Hospital Universitário de Montpellier, começamos a realizar pancreatoduodenectomia laparoscópica (LPD) no início de 2016.

O objetivo deste estudo é avaliar, por um lado, a morbimortalidade e a qualidade da cirurgia associada ao desenvolvimento desta técnica relativamente nova em um centro de referência em cirurgia pancreática e, por outro lado, avaliar um possível efeito da curva de aprendizado dentro nossa experiência.