Efeitos do consumo de nozes da Califórnia na saúde cardiovascular

A doença cardiovascular é a principal causa de morbidade e mortalidade nos Estados Unidos. O início e a progressão da doença vascular aterosclerótica são de natureza multifatorial e incluem disfunção endotelial, desencadeada por inflamação crônica. O consumo de alimentos ricos em flavonoides e outros fitoquímicos tem sido inversamente associado ao risco de doenças cardiovasculares em diversos estudos epidemiológicos.

O envelhecimento está fisiologicamente associado a um declínio variável em várias características da função imunológica. De fato, a imunossenescência, ou envelhecimento do sistema imunológico, é caracterizada por uma capacidade reduzida de combater infecções e montar uma resposta imune adequada quando uma nova infecção é introduzida. Tanto o sistema imunológico inato quanto o adquirido podem ser afetados com células imunes específicas, sinalização celular, produção de citocinas e expressão de marcadores de superfície celular, estando todos sujeitos a alterações relacionadas à idade. As células do sistema imunológico dentro do trato digestivo são um alvo acessível e ideal para estimular a imunidade e as intervenções nutricionais baseadas na dieta representam um método não invasivo, relativamente barato e eficaz de estimular a função imune, melhorando assim, em última análise, a produção de anticorpos em indivíduos em risco de imunossenescência. Isso também se baseia na interação significativa e dinâmica entre os nutrientes luminais e a função imunológica geral. O estudo das influências nutricionais no sistema imunológico representa uma área de crescente interesse para nutricionistas, cientistas de alimentos e imunologistas. Em termos gerais, os componentes da dieta têm o potencial de ser um estimulante imunológico acessível e eficaz, dada a capacidade de apresentação de antígenos do intestino.

Devido à sua idade e estado menopausal, as mulheres na pós-menopausa estão em maior risco de desenvolver DCV. Os homens tendem a apresentar maiores taxas de DCV do que as mulheres na pré-menopausa, enquanto as mulheres após a menopausa apresentam um aumento no desenvolvimento de DCV. Esse aumento de DCV para mulheres na pós-menopausa está associado à disfunção endotelial que piora com a idade.

Estudos recentes relataram que o consumo de nozes está associado a efeitos benéficos na prevenção de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares (DCV), alterando favoravelmente os perfis séricos humanos (ou seja, diminuição do colesterol LDL e triglicerídeos e aumento do colesterol HDL e apolipoproteína A1). Foi demonstrado que o consumo de nozes, que contêm principalmente ácido α-linolênico (ALA), L-arginina e polifenóis, pode alterar beneficamente a função vascular e reduzir os biomarcadores inflamatórios. Por exemplo, o Dr. Ros e seus colegas demonstraram que a adição de nozes a uma refeição rica em gordura pode melhorar a função endotelial. Essa influência favorável na vasoatividade foi atribuída às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias de certos biofatores encontrados nas nozes.

Neste estudo, vamos nos concentrar em definir o papel potencial das nozes da Califórnia e seus efeitos na saúde vascular e na função imunológica. Determinaremos se o consumo a curto prazo (4 semanas) de nozes da Califórnia, particularmente ricas em ALA, L-arginina e polifenóis, melhorará a função endotelial, a reatividade plaquetária e a função imunológica em uma população de risco de mulheres na pós-menopausa de 55 a 70 anos de idade .