Gelatina, Colágeno, Gummy e PINP

Em um trabalho preliminar investigando os determinantes fisiológicos do desempenho máximo em eventos de arremesso, os pesquisadores descobriram que o melhor preditor do desempenho de elite era a taxa de desenvolvimento de força (RFD; Força (N) x tempo (seg)) durante a execução e agachamento isométrico. Portanto, não é surpreendente que, para maximizar o desempenho, os atletas treinem para otimizar o RFD.

O RFD é determinado por três fatores:

1. Ativação neural dos músculos
2. Tipo de proteína motora (miosina rápida ou lenta)
3. Transferência de força Curiosamente, o desempenho em movimentos de força (que são altamente dependentes de RFD) como o salto vertical está intimamente relacionado à rigidez do tendão e inversamente relacionado ao tamanho do músculo. Isso indica que a transferência de força, na forma de rigidez do tendão, desempenha um papel importante no desempenho e pode explicar uma grande variação na determinação da capacidade do atleta de desenvolver força rapidamente durante um movimento dinâmico.

A rigidez de um tendão é determinada pela quantidade e reticulação de colágeno dentro do tecido. Sabe-se que o exercício agudo aumenta a síntese de colágeno, bem como a expressão da enzima primária envolvida na reticulação do colágeno, a lisil oxidase. O resultado é um tecido mais denso e rígido após o treino. Embora a relação entre exercício e síntese de colágeno seja conhecida, não foi determinado se essa medida de desempenho pode ser melhorada com intervenções nutricionais.

Um estudo recente que analisou os níveis de aminoácidos após o consumo de doses crescentes de gelatina (derivado do colágeno) em seres humanos mostrou que os principais aminoácidos primários e residuais encontrados no colágeno aumentam no soro humano após o consumo de gelatina. Além disso, o pico desses aminoácidos ocorre 60 minutos após o consumo do suplemento de gelatina. Portanto, consumir um suplemento de colágeno 1 hora antes de uma intervenção de exercício deve maximizar a entrega de aminoácidos aos ossos e outros tecidos conjuntivos.

Para determinar se o suplemento de gelatina poderia aumentar a síntese de colágeno em humanos, os indivíduos consumiram placebo, 5 ou 15 g de gelatina com uma quantidade padrão de vitamina C (48 mg) 1 hora antes de 6 minutos de exercício de pular corda. A intervenção de alimentação e exercício foi repetida a cada 6 horas enquanto os sujeitos estavam acordados por três dias e a quantidade do peptídeo amino terminal procolágeno I (PINP) foi determinada; um marcador da síntese de colágeno, no sangue. Consistente com a hipótese de que a gelatina aumenta a síntese de colágeno em humanos; a quantidade de PINP no grupo de 15 g de gelatina foi significativamente maior do que no placebo ou nos grupos de 5 g. Esses dados demonstram conclusivamente que a suplementação de gelatina pode aumentar a síntese de colágeno induzida por exercícios em humanos.

Da mesma forma, a suplementação com hidrolisado de colágeno demonstrou melhorar a função da cartilagem em um ensaio clínico randomizado em pacientes com osteoartrite [9]. McAlindon e colegas mostraram que consumir 10 g de colágeno hidrolisado por dia resultou em um aumento na ressonância magnética de colágeno realçada por gadolínio [9]. Esse achado sugere que o colágeno hidrolisado aumentou a formação de cartilagem. De acordo com esse achado, um ensaio clínico randomizado de 24 semanas em atletas mostrou que 10 g de hidrolisado de colágeno GELITA® diminuíram significativamente a dor no joelho. Estudos em camundongos usando hidrolisado de colágeno hidrolisado marcado com C14 demonstraram que >95% do colágeno hidrolisado foi absorvido nas primeiras 12 horas após a alimentação. Curiosamente, embora o traçador de uma prolina marcada com C14 separada pudesse ser incorporado ao colágeno da pele na mesma proporção que o traçador do colágeno hidrolisado, o traçador do colágeno hidrolisado foi incorporado ao colágeno da cartilagem e do músculo duas vezes mais do que o traçador da prolina . Esses dados sugerem que a síntese de colágeno musculoesquelético é maior em resposta à gelatina ou ao colágeno hidrolisado do que aos aminoácidos individuais.

Embora a medida sanguínea dos níveis de PINP provavelmente reflita a síntese de colágeno ósseo, usando um modelo de ligamento projetado, uma resposta semelhante foi demonstrada em tendões/ligamentos tratados com soro de pessoas 1 hora após a suplementação com gelatina. Este trabalho mostrou que na presença de soro isolado dos grupos de 5 e 15 gramas de gelatina ocorre um aumento gradual no teor de colágeno dos ligamentos. A partir deste trabalho, pode-se verificar que o PINP pode ser usado de forma confiável como um marcador indireto da síntese de colágeno e que as alterações observadas no osso (níveis sanguíneos) refletem o que está ocorrendo também em outros tecidos conjuntivos.

O presente estudo visa determinar se a mesma dose (15 g) de gelatina, colágeno hidrolisado e uma mistura de gelatina e colágeno hidrolisado em forma de goma, todos com uma dose padrão de vitamina C (50 mg) têm um efeito semelhante no PINP níveis; um marcador indireto da síntese de colágeno.