Níveis séricos de vitamina D, cálcio e magnésio em pré-escolares sibilantes recorrentes

Tem havido um crescente reconhecimento dos papéis extra-esqueléticos críticos da vitamina D nos últimos anos, com uma explosão de interesse na vitamina D em disciplinas de saúde, incluindo doenças pulmonares. Recentemente, descobriu-se que a vitamina D estava baixa em pacientes com sibilos recorrentes.

A vitamina D, seja produzida na pele após exposição ao sol ou ingerida de várias fontes alimentares, é convertida no fígado em 25-hidroxivitamina D [25(OH)D]. Esta última é a principal forma circulante de vitamina D e, portanto, é usada para avaliar o status de vitamina D dos pacientes. A carne de peixes gordurosos (como salmão, atum e cavala) e os óleos de fígado de peixe estão entre as melhores fontes de vitamina D e os cereais fortificados e o leite também fornecem quantidades adequadas.

Estudos em modelos animais e humanos demonstraram uma associação de baixas concentrações de vitamina D com atopia e condições do trato respiratório. O mecanismo que explica essa associação ainda não está claro. Tem sido sugerido que este mecanismo é devido aos efeitos do estado da vitamina D na regulação do sistema imunológico.

O receptor da vitamina D é expresso em várias células do sistema imunológico, como macrófagos, monócitos, células dendríticas e células natural killer, bem como em linfócitos B e T. A ligação da forma ativa da vitamina D ao seu receptor leva a um aumento da atividade imunomoduladora que mantém o equilíbrio entre a resposta imune celular (Th1) e a resposta humoral (Th2), além de estimular as células T reguladoras.

A hipomagnesemia (nível sérico de Mg <0,74 mmol.L-1) também foi sugerida como associada ao aumento da incidência de sibilância, hiper-reatividade das vias aéreas e comprometimento da função pulmonar. Os mecanismos de ação do magnésio (Mg) nas vias respiratórias são múltiplos e incluem relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas, broncodilatação, efeito anticolinérgico e estabilização dos mastócitos