Autofagia e Função Endotelial Venosa

A disfunção endotelial contribui para diferentes doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e doenças arteriais periféricas. Evidências recentes também demonstraram que a disfunção endotelial está associada a doenças venosas vasculares. Nesse sentido, a disfunção endotelial venosa contribui para o desenvolvimento de varizes e trombose venosa profunda. Desequilíbrio na função endotelial também está presente em traços venosos derivados de veias safenas que são rotineiramente utilizadas como bypass aortocoronário. Os mecanismos moleculares envolvidos nas doenças venosas requerem mais investigações. A autofagia, o mecanismo intracelular dedicado à remoção de elementos citoplasmáticos disfuncionais ou senescentes, pode representar um novo alvo terapêutico para o tratamento de doenças vasculares. A esse respeito, foi demonstrado que o aprimoramento da autofagia limita a lesão cardíaca em modelos pré-clínicos de doenças cardiovasculares. No entanto, a associação entre autofagia e doença vascular ainda é desconhecida em humanos. A espermidina é um ativador natural da autofagia que demonstrou prolongar a expectativa de vida em camundongos e reduzir a disfunção cardíaca por meio de mecanismos dependentes da autofagia. Os objetivos deste estudo serão os seguintes: 1) testar se a espermidina é capaz de melhorar a função vascular e reduzir o estresse oxidativo em veias safenas obtidas de pacientes submetidos a safenectomia por insuficiência venosa crônica ou varizes; 2) testar se a espermidina é capaz de melhorar a função vascular em veias safenas derivadas de pacientes com doença aterosclerótica obstrutiva de membros inferiores submetidos à revascularização por meio de implante de ponte arterioso. Em um conjunto diferente de experimentos, os pesquisadores também testarão se porções de veias incubadas com espermidina apresentam aumento da autofagia e diminuição dos marcadores de estresse oxidativo em relação aos controles. Os investigadores esperam que os segmentos venosos tratados com espermidina apresentem uma melhora da função endotelial