Música improvisada para melhorar a interação intensiva Versão 1

Este é um pequeno estudo de viabilidade a ser realizado em um único local de pesquisa, uma escola especial para necessidades sensoriais e físicas. O estudo destina-se a testar a metodologia de pesquisa e estimar o tamanho do efeito que provavelmente seria encontrado se um estudo maior fosse realizado.

A Interação Intensiva é uma forma de intervenção comportamental desenvolvida por Nind e Hewett e amplamente praticada em escolas e outras instituições que cuidam de pessoas com deficiência intelectual profunda que requerem apoio especial para desenvolver a comunicação interpessoal (não verbal). Embora o termo Interação Intensiva possa descrever a atitude e o estilo comportamental da equipe ao longo de seu contato com os sujeitos, também pode, como neste estudo, referir-se a horários programados específicos em que a abordagem é adotada pela equipe com alunos individuais ou usuários do serviço.

Os sujeitos deste estudo estão entre aqueles para os quais a Interação Intensiva é mais benéfica, conforme avaliação da fonoaudióloga do local da pesquisa. Como esses alunos normalmente receberiam essa intervenção devido às suas necessidades avaliadas, a Interação Intensiva é designada como 'comparador ativo' (também conhecido como 'tratamento usual').

Uma vez que na condição experimental dois funcionários apóiam cada sujeito simultaneamente, há uma necessidade de distinguir os efeitos atribuíveis à música adicional daqueles atribuíveis ao comportamento dos interatores primários. Ao tratar a Interação Intensiva como o comparador ativo, espera-se que quaisquer efeitos da música adicionada possam ser isolados.

Neste estudo, a música improvisada está sendo testada como terapia adjuvante à Interação Intensiva. Pesquisas anteriores sugerem que a música improvisada pelo musicoterapeuta pode, sob certas condições, facilitar o desenvolvimento da interação interpessoal entre o sujeito e o profissional de apoio. Para replicar as condições em que o estudo anterior verificou ser este o caso, a intervenção musical foi manualizada para orientar os 2 musicoterapeutas que fornecerão a música de apoio improvisada. Irão adicionar música da sessão 5 de um total de 16, tendo observado o progresso da Interação Intensiva sem música durante as primeiras 4 sessões de forma a fazer uma avaliação detalhada das necessidades e de que forma a música as poderá satisfazer.

Um instrumento de avaliação padronizado, o Esquema de Comunicação Pré-Verbal (PVCS), será administrado antes da primeira sessão de Interação Intensiva de cada sujeito e novamente após sua 16ª sessão para obter uma visão global do comportamento comunicativo não-verbal. As pontuações pré e pós-teste serão comparadas. A base teórica da Interação Intensiva e do uso específico de música improvisada adjunta é principalmente afetiva, mas é importante que quaisquer benefícios também sejam detectáveis ​​em termos funcionais, daí a escolha do PVCS em vez de uma medida mais afetivamente orientada.

Além disso, dados qualitativos sobre o processo terapêutico serão extraídos de notas pós-sessão e observações de gravações de vídeo das sessões pelos envolvidos no trabalho com cada participante.

Se a eficácia da abordagem clínico-musical especializada for apoiada pelos resultados, um estudo mais amplo poderia estabelecer a abordagem como um recurso psicossocial adicional para desenvolver as habilidades de interação interpessoal de pessoas com deficiência intelectual profunda. A abordagem requer um nível modesto de treinamento adicional para um musicoterapeuta registrado, mas nenhuma qualificação adicional.