Estratégia de Distração Musical no Atendimento Odontológico Infantil

Sentimentos como a ansiedade podem alterar os níveis de oxigenação sanguínea dos indivíduos em diversas situações, como durante um tratamento odontológico. Este estudo cross over teve como objetivo analisar o uso da música como recurso de distração durante o atendimento odontológico de crianças, avaliando sua frequência cardíaca e respiratória. Participaram deste estudo 34 crianças, 16 meninos e 18 meninas, de 4 a 6 anos, sem experiência odontológica anterior, que apresentavam duas lesões cariosas nas superfícies oclusais de molares, de 2 municípios do sudeste do Brasil. As crianças foram selecionadas por meio de exames clínicos bucais, realizados em escolas públicas. Depois que os pais assinaram um consentimento por escrito; as crianças foram alocadas em dois grupos: tratamento com música (G1) e tratamento sem música (G2). As crianças agiam como controles de si mesmas: o cruzamento entre os grupos permitia que todas as crianças fossem tratadas com e sem música. Foram realizadas três consultas odontológicas, agendadas semanalmente, sendo a primeira para anamnese e exame clínico; o segundo e o terceiro para o tratamento restaurador atraumático modificado (ARTm). A Sinfonia nº 40 de Mozart em sol menor K550 foi tocada em fones de ouvido. As frequências cardíaca e respiratória foram obtidas por meio de oxímetro de pulso, sendo as medidas realizadas em três momentos: no início do tratamento, durante a intervenção (uso de aparelho rotativo) e ao final do tratamento. Os dados foram compilados e analisados ​​por meio do software estatístico Statistical Analyse. O teste de Wilcoxon foi utilizado para comparação inter e intragrupos (p<0,050).

A música funcionou como um instrumento tranquilizador durante o tratamento odontológico infantil.