Taping e exercícios tradicionais na função do membro superior em hemiplégicos (CP)

A paralisia cerebral (PC) é um grupo não progressivo de distúrbios motores do desenvolvimento que podem resultar em espasticidade, paralisia ou postura anormal. A fraqueza muscular tem sido reconhecida como uma característica clínica primária na PC. É a causa mais comum de incapacidade física em crianças, com prevalência de 2 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos nos países ocidentais. A hemiplegia é uma forma de Paralisia Cerebral (PC) espástica na qual um braço e uma perna do lado direito ou esquerdo do corpo são afetados. Existem vários subtipos de PC, um dos quais é a PC hemiplégica espástica, que ocorre em aproximadamente 23% das crianças com PC espástica. Como a PC é uma condição vitalícia, todos os aspectos do desenvolvimento e independência de um indivíduo são afetados. O membro superior geralmente é mais severamente envolvido do que o inferior. Isso limita o alcance, a preensão e a manipulação de objetos, interferindo também na exploração, na brincadeira, no autocuidado e em outras atividades da vida diária. As crianças com paralisia cerebral hemiplégica frequentemente apresentam envolvimento acentuado da mão com adução e flexão excessivas do polegar e extensão ativa limitada do punho desde a infância. Déficits na função motora dos membros superiores podem afetar a participação da criança no autocuidado e na brincadeira e, assim, interferir no desenvolvimento em 54 domínios múltiplos. O paciente hemiplégico crônico com fraqueza escapular residual apresenta espasticidade de alguns dos músculos escapulares, que perturbam a estabilidade proximal da articulação escapulotorácica. Isso limita o alcance, a preensão e a manipulação de objetos, interferindo também na exploração, brincadeira, autocuidado e outras atividades vida diária. Tornar-se independente nas atividades da vida diária requer, entre outros, uma coordenação suave entre ambas as mãos

• Embora os déficits motores tenham sido enfatizados, a disfunção sensorial pode existir e pode contribuir para a diminuição do uso da mão afetada. Vários estudos enfatizaram o impacto que os déficits sensoriais podem ter na função manual, porque a habilidade motora precisa depende da entrada sensorial. Os tratamentos comuns incluem toxina botulínica, terapia de movimento induzido por restrição de cirurgia ortopédica, farmacoterapia para tônus ​​muscular, terapia ocupacional e fisioterapia tradicional. Como as deficiências dessas crianças envolvem uma gama variável de funções, elas precisam de uma terapia de reabilitação abrangente
• Um estudo realizado sobre ''Tapping neuromuscular para o membro superior na Paralisia Cerebral'' discutiu que, os dados mostraram que, após a intervenção, o movimento do braço afetado foi mais rápido, principalmente na fase de ajuste e retorno. O movimento também foi mais suave e com amplitude de movimento mais fisiológica no ombro e cotovelo. Após a retirada da bandagem, a pesquisadora constatou, de fato, redução da duração da fase de ajuste e retorno, menor valor do parâmetro jerk médio e melhora das amplitudes de movimento do membro superior em relação à condição pré-teste. Um estudo sobre "o efeito da bandagem na estabilidade escapular e na função do membro superior na recuperação de hemiplégicos com fraqueza escapular" mostra que a bandagem escapular melhorou o resultado funcional em hemiplégicos da extremidade superior com fraqueza escapular. A bandagem escapular melhorou o alinhamento da escápula, inibindo o trapézio superior hiperativo e facilitando o músculo serrátil anterior fraco, alterando as propriedades de comprimento-tensão dos músculos e fornecendo consciência cinestésica da posição escapular durante o repouso e o movimento da extremidade superior. Um estudo sobre o impacto funcional da bandagem no ombro na extremidade superior hemiplégica relatou alívio dos sintomas de dor imediatamente após a bandagem. A redução na sensação subjetiva de dor do paciente foi associada a melhorias na capacidade de realizar atividades da vida diária (AVD) e na amplitude de movimento (ROM). O paciente apresentou melhorias na capacidade de se vestir, toalete e tomar banho após a bandagem no ombro e redução concomitante da dor. As alterações relatadas na ADM foram menos drásticas do que a melhora nas AVD. Uma revisão sistemática sobre os efeitos da bandagem elástica na função motora em crianças com deficiências motoras. A partir dos estudos analisados, verifica-se que o interesse pelo uso da bandagem elástica como recurso adjunto e auxiliar ao tratamento convencional tem crescido na última década.